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Homicídios em RG têm alta de 200% no acumulado de agosto

A tendência de aumento neste tipo de crime também foi constatada no Estado, com acréscimo de 32,2% no mesmo período

Divulgação -

Um adolescente de apenas 16 anos é mais uma vítima da escalada da violência em Rio Grande. Ele foi morto a tiros na noite de sexta-feira, na rua Henrique Pancada. O nome da vítima não foi divulgado. Segundo a polícia, que investiga o caso, o jovem tinha antecedentes criminais. Com este crime, a cidade chega à triste estatística de 78 mortes violentas no ano, sendo 74 homicídios, dois feminicídios e dois latrocínios. O indicador segue a tendência do Estado que apresentou aumento de 32,2% em agosto, segundo dados da Secretaria da Segurança Pública (SSP), consolidando também o balanço dos oito primeiros meses de 2022. Os homicídios tiveram salto de 115 casos, em 2021, para 152 do mesmo mês neste ano.

Já os feminicídios, em relação ao mesmo período do ano anterior, apontam redução e os latrocínios também caíram. Os dados ainda mostram queda nos índices de estelionato, abigeato e furto de veículos, bem como em parte dos indicadores de violência contra a mulher monitorados pela SSP. Furtos e roubo de veículos tiveram alta no mês de agosto.

No acumulado, o Estado soma 1.088 vítimas, 11 a mais que nos oito meses do ano passado. Em Porto Alegre, em agosto os homicídios subiram de 13 no ano passado para 26 neste ano, um aumento de 100%. No acumulado, a capital também registra alta nos assassinatos, a soma subiu 7,1%, de 183 para 196. Rio Grande segue na mesma escalada da violência. O agosto fechou com 69 homicídios, contra 23 em 2021, um acréscimo de 200%.

De acordo com a titular da 7ª Delegacia Regional de Polícia, delegada Lígia Furlaneto, os investigadores atingiram um índice de 90 de indicação de autoria, o que significa que, além dos inquéritos em que houve o efetivo indiciamento, aqueles que não foram remetidos há indicação de suspeitos e diligências em andamento para a busca de elementos de prova. “Além do indicativo de autoria em relação aos executores, houve o indiciamento e decretação de prisão preventiva dos mandantes, identificados como os líderes das facções que comandam o tráfico e que estão por trás da guerra, fomentando as rivalidades”, disse a delegada.

Todo o trabalho, segue Lígia, foi feito por meio de uma força-tarefa de combate aos homicídios, verificando a necessidade de apuração conjunta entre os fatos, em razão das conexões existentes entre todos os homicídios. “Em razão de não haver uma Delegacia especializada, esse trabalho foi efetuado na Delegacia de Polícia Regional”.

Outros indicadores no RS

Latrocínio: os dados do Estado como um todo apontam redução de 25% nos latrocínios em agosto, com quatro casos em 2021 e três neste ano. No acumulado de oito meses, o Rio Grande do Sul teve em 2022 oito casos de roubo com morte a menos que no ano anterior, passando de 43 para 35 ocorrências, uma redução de 18,6%. Na Capital, foi registrado um latrocínio em agosto de 2022, enquanto no mesmo mês do ano passado não foram registrados latrocínios. Considerando a soma dos oito primeiros meses de 2021 e deste ano, os roubos com morte em Porto Alegre reduziram 40%, baixando de dez para seis no período.

Feminicídios

Os indicadores criminais do oitavo mês no Estado apontam queda de feminicídios em relação ao mesmo período do ano passado. O número de vítimas caiu 50%, de 14 para sete casos. Entre essas sete mulheres assassinadas por motivo de gênero no mês, apenas uma contava com Medida Protetiva de Urgência (MPU). A redução do mês ainda não foi capaz de reverter o acumulado do ano. Desde janeiro, o Rio Grande do Sul contabiliza 75 feminicídios, três a mais que nos oito meses iniciais de 2021, o que representa uma alta de 4,2%.

Entre os outros quatro indicadores de violência contra a mulher acompanhados pela SSP, além do feminicídio, a variação dos números em agosto foi de redução nas lesões corporais, estupros e ameaças. Nas tentativas de feminicídios foi verificado um caso a mais em relação a agosto do ano passado, de 22 para 23 neste ano. No acumulado do ano, as lesões corporais estão em alta de 1%.

Roubo de veículos em alta

Entre os crimes patrimoniais, o roubo de veículos teve alta de 15,5% em agosto, passando de 316 ocorrências no oitavo mês de 2021 para 365 neste ano, um aumento de 49 casos. No acumulado, esse tipo de crime manteve a redução, somando 2.981 registros, frente aos 3.348 do mesmo período no ano anterior, uma baixa de 11%. No meio rural, os crimes de abigeato (furto de gado) apresentaram queda tanto no recorte de agosto quanto no cenário do acumulado, em relação a iguais períodos do ano passado.

 

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